quarta-feira, 21 de julho de 2010





Na verdade, me esclarecendo melhor, não acredito na felicidade. Não como um estado permanente. Não como um objetivo último alcançável. Acredito em momentos felizes.

Ficar correndo atrás da felicidade como se esta fosse um bem durável é pura tolice. Não há felicidade que dure, nem sofrimento que não acabe, certo?!

Um bom filme me faz feliz. Uma boa conversa me faz feliz. Uma boa comida me faz feliz. Um bom banho me faz feliz.

Felicidade são fragmentos de alegria e contentamento. A linha de pensamento capitalista usurpou a felicidade e faz dela o mote para autopreservação. Embora pequenos eventos ou bens possam trazer felicidade, não é isso a essência de estar feliz. Quando você adia sua felicidade por causa do que deseja, sendo isso o que ainda não tem, você se torna cativo da cíclica lógica capitalista do consumismo. Quando deixo para ser feliz apenas quando consigo o que quero, me lanço em momentos de sofrimento, agonia e angústia.

A disciplina correta seria desejar o que se tem. Dar valor ao que se possui. E desfrutar disso felizmente. O que ainda não tenho, mas gostaria de ter deve ser apenas um item que pretendo ter e nada mais. Não deveríamos jamais adiar a felicidade em função de desejos postergados.

Porque, afinal, não existe essa tal felicidade que todos a perdem a procurando.

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