segunda-feira, 2 de agosto de 2010

POR QUE OSALA USA AKODIDE

POR QUE OSALA USA AKODIDE


Por que Osala usa Ekodide (transcrição do livro Porque Oxalá usa Ekodidé - Deoscóredes M dos Santos-DIDI - Edição Cavaleiro da Lua - Fundação Cultural do Estado da Bahia - foi mantida a ortografia original do manuscrito)
Muito tempo depois que Oduduwa chegou em Ilê Ifé e começaram a adorar o culto das Águas de Oxalá, aconteceu que, logo no primeiro ano, quando estava perto das festas Oxalá escolheu uma senhora das mais velhas do terreiro, chamada Omon Oxum, para tomar conta de todo, ou melhor, de tôda sua roupa, adornos e apetrechos, depositando com tôda benevolência nas mãos dela aquele direito especial para tomar conta de tudo que lhe pertencesse, da corôa ao sapato.
Omon Oxum por nunca ter tido nenhum filho, criava uma menina. Dessa data em diante ela e a menina ficaram sendo odiadas por algumas pessoas que faziam parte nesse terreiro e que por inveja de Omon Oxum começaram a tramar novidades, procurando um meio qualquer para fazer Oxalá se zangar com ela e tomar o "achê" entregue por Oxalá. Fizeram coisas que Deus duvida contra Omon Oxum porém nada surtia efeito. Cada vez mais Oxalá ia aumentando a amisade e dedicação para Omon Oxum. Ela era muito devotada ao cumprimento das suas obrigações e não dava margem alguma para ser por êle repreendida. Como dizem que a água dá na pedra até que fura, aconteceu que, na vespera do dia da festa, as invejosas, já desiludidas por poderem fazer o que desejavam, de passagem pela casa de Omon Oxum se depararam com a corôa de Oxalá que ela tinha areiado e colocado no sol para secar. Quando elas viram a corôa de Oxalá muito bonita e mais reluzente do que nunca, combinaram roubar a corôa e ir jogar no fundo do mar. E assim fizeram. Quando Omon Oxum foi apanhar a corôa para guardar, não encontrou. Ficou doida. Procura daquí procura dalí, remexeram com tudo procurando em todos os cantos da casa e nada da corôa aparecer. As invejosas vendo a aflição que estava passando Omon Oxum e sua filhinha, satisfeitas pelo mal que tinham causado, riam as gaiofadas dizendo: agora sim quero ver como ela vai se atá com Oxalá amanhã quando êle procurar a corôa e não encontrar.
A essa altura Omon Oxum comretamente azurantada só pensava em se matar e ja estava resolvida a fazer isso para não passar vergonha perante Oxalá. Foi quando a meninazinha, sua filha de criação disse: - Mamãe, porque a senhora não vai na feira amanhã de manhã bem cedinho e não compra o peixe mais bonito que tiver lá?
A corôa de Oxalá deve estar na barriga desse peixe. E assim a menina insistiu, insistiu tanto, até que Omon Oxum se decidiu a aceitar o que a menina aconselhou, dizendo:- Fique tanquila minha filha, porque de madrugadasinha eu vou acordar para ir à feira ver se encontro com esse peixe que voce imagina ter a corôa do nosso Rei Oxalá na barriga. A menina foi dormir tranquila. Omon Oxum coitada, não pôde dormir tôda a noite preocupada que já amanhecesse o dia para ela ir a feira ver se conseguia encontrar o dito peixe que a menina julgava ter a corôa na barriga. Quando o dia mal tinha clareado, Omon Oxum pulou da cama, se preparou e lá se foi. Quando ela chegou na feira foi diretamente no mercado de peixe e não encontrou nenhuma escama. Ainda éra muito cedo. Omon Oxum deu uma volta pela feira e já bastante impaciente voltou ao mercado onde encontrou um senhor vendendo um peixe, cujo peixe, era o único que se encontrava no mercado. Omon Oxum comprou o peixe e foi voando para casa a fim de destrincha-lo. Queria ver se sua filha tinha aconselhado bem, para ela poder obter a paz e tranquilidade espiritual, encontrando a corôa de Oxalá. Assim que ela chegou em casa foi logo para a cosinha para abrir a barriga do peixe. Porém não conseguiu. Quando ela estava aí se acabando de chorar e labutando para abrir a barriga do peixe, a menina acordou e foi logo perguntando: - Mamãe já comprou o peixe? A senhora deixa que eu abra a barriga dele? - Omon Oxum bastante chorosa respondeu:- Minha filha a barriga dele está muito dura. Eu não posso abrir quanto mais você. A menina se levantou, chegou na cosinha, apanhou um cacumbú e puxou rasgando a barriga do peixe, ésta se abriu em bandas deixando aparecer a corôa de Oxalá ainda mais bonita do que era antes. Omon Oxum se abraçou com a menina e de tanto contentamento não sabia o que fazer com ela. Carregava, beijava, dansava, e por fim Omon Oxum olhando para a menina e em seguida voltando as vistas para o céu, disse: - Olorun, Deus que lhe abençoe. Sua maesinha está sendo perseguida, porém com a fé que tem no seu Eledá, anjo da guarda, não ha de ser vencida. Limparam muito bem limpa, a corôa, e guardaram, muito bem guardada, juntamente com o resto das coisas pertencentes a Oxalá. Em seguida Omon Oxum cosinhou o peixe, fez um grande almôço e convidou a todos da casa para almoçar com ela dizendo que estava festejando o dia da festa do Pai Oxalá. Ao meio dia Omon Oxum juntamente com seu, quero dizer, sua filhinha serviram o almôço acompanhado de Aluá ou Aruá, a bebida predileta de Oxalá a qual os Erê dão o nome de mijo do pai. Depois do almôço todos foram descansar para na hora determinada dar começo a festa das Águas de Oxalá. As invejosas quando viram todo aquele movimento, Omon Oxum muito alegre como se nada tivesse acontecido a ponto de dar até um banquete em homenagem a Festa de Oxalá, ficaram malucas. Uma delas perguntou:- Será que ela encontrou a corôa? - Outra respondeu:- Eu bem disse que queimasse. - E a outra mais danada ainda dizia:- Eu disse a vicês que o melhor era cavar um buraco bem fundo e enterrar. - A primeira procurando acalmar os animos, disse para a outra:- Vamos esperar até a hora que éla apresentar as roupas de Oxalá com todos os armamentos. Se a corôa estiver no meio o geito que temos é fazer um grande ebó e colocar na cadeira onde éla vai se sentar ao lado de Oxalá. - O ebó, sacrificio, póde ser empregado para o bem ou para o mal.
Quando estava perto da hora de começar a festa, Omon Oxum apresentou a Oxalá tôda a roupa com todos os armamentos deixando as invejosas mais danadas e com mais desejo de vingança, a ponto de procurarem fazer o ebó por elas idealisado e colocar na cadeira onde Omon Oxum era obrigada a sentar-se por ordem de Oxalá. Começou a festa com a maior alegria possivel. Oxalá chegou acompanhado por Omon Oxum e se sentou no trono. Omon Oxum sem saber do que estava sendo feito contra ela, também se sentou na sua cadeira ao lado de Oxalá. Quando começaram as cerimônias e que Oxalá precisou de colocar a sua corôa, virou-se para Omon Oxum e pediu para éla ir apanhar a corôa. Omon Oxum quiz levantar e não pôde. Fez força para um lado, para o outro, e nada de poder levantar-se, até quando éla decidiu levantar-se de qualquer maneira. Devido a grande dor que sentiu, olhou para a cadeira e viu que estava tôda suja de sangue. Alucinada de dor, e horrorisada por saber que Oxalá de fórma nenhuma podia ter nada de vermelho perto dêle porque era ewó, proibição, saiu esbaforida pela porta afora, indo se esbarrar na casa de Exú. Quando Exú abriu a porta que viu Omon Oxum tôda suja de vermelho, disse:- Você vindo dêsse geito da casa de meu pai? Infringiu o regulamento e eu não posso lhe abrigar,- e fechou a porta. Daí ela foi para a casa de Ogun, Oxossi, de todos Orixás e sempre diziam a mesma coisa que disse Exú. Só restava a casa de Oxum. Quando Omon Oxum chegou a casa de Oxum, esta já tinha sabido do que estava acontecendo e estava a sua espera. Omon Oxum se jogando nos pés dela disse:- Minha mãe me valha, estou perdida. Oxalá não vai me querer mais em sua casa. Oxum disse para ela que não se preocupasse, que um dia Oxalá ía buscar ela de volta. Depois Oxum, usando de sua magia, fez com que, do lugar onde sangrava em Omon Oxum saisse Ekodide, pena vermelha de papagaio da costa, até quando sare a ferida. Oxum, depois de colocar todo aquêle Ekodidé numa grande igbá, cuia, reuniu todo seu pessoal e tôdas as noites faziam um xirê, festa, cantando assim:
BI O TA LADÊ
BI O TA LADÊ IRÚ MALÉ
IYA OMIN TA LADÊ OTO RU ÉFAN KOBÁJA
OBIRIN IYA OMIN TA LADÊ
E assim Oxum ricamente vestida, sentada no seu trono, com Omon Oxum ao seu lado, a cuia de Ekodidés e a vasilha para colocarem dinheiro em frente a elas, recebia as visitas de todos os Orixás que iam até lá para ver e saber porque Oxum estava fazendo aquela festa tôdas as noites. Todos que lá chegavam e se enteiravam do acontecimento, si era homem dava dodóbálé, se estirava de peito no chão para Oxum, depois apanhava um Ekodidé e colocava uma certa quantia na vasilha que estava ao lado para ser colocado o dinheiro, e se era mulher dava iká, quer dizer, se deitava no chão de um lado e do outro para Oxum e em seguida apanhava um Ekodidé e colocava também o dinheiro na referida vasilha.
Tudo aquilo que estava acontecendo no palácio de Oxum, ficou sendo muito propalado e as invejosas faziam todo possivel para que Oxalá não soubesse. Um dia, elas, sem observarem que Oxalá estava por perto, começaram a comentar o caso, onde uma delas disse:- Com ela não tem quem possa, depois de tudo o que nós fizemos, depois de ter acontecido o que aconteceu aqui no palácio de Oxalá e de ter sido enjeitada por todos Orixás, vocês não estão vendo que Oxum abrigou ela? Curou, conseguindo que do lugar que sangrava saisse Ekodidé, fazendo uma grande fortuna e aumentando a sua riqueza.
Agora só nos resta é fazer com que o velho não saiba do que está acontecendo no palácio de Oxum, se não é bem capaz de querer ir até lá. Nisso o velho Oxalá pigarreou dando a entender que tinha ouvido tôda a conversação. Ordenou a elas que procurassem saber a hora que começava o xirê no palácio de Oxum e que elas iam servir de companhia para êle poder ir apreciar o xirê e tomar conhecimento do que estava acontecendo. Quando elas ouviram Oxalá falar desta maneira bem pertinho delas a terra lhe faltaram nos pés e o remorso montou nos seus cangótes fazendo com que elas fugissem para nunca mais voltar ao palácio de Oxalá. A noite, depois do jantar, Oxalá cansado de esperar pelas tres invejosas e não vendo nenhuma delas aparecer, disse:- Fugiram com medo de que eu castigasse pela grande injustiça que cometeram, não sabendo de que o castigo será dado pelas mesmas. Assim Oxalá se dirigiu para o palácio de Oxum afim de assistir o xirê e saber qual a causa do mesmo.
Quando Oxalá chegou no palácio de Oxum mandou anunciar a sua chegada. Oxum mais bonita do que nunca, coberta de ouro e muitas jóias dos pés a cabeça, sentada no seu rico trono, mandou que Oxalá entrasse, e continuou o xirê cantando:
BI O TA LADÊ, BI O TA LADÊ, IRÚ MALÊ, IYA OMIN TA LADÊ.
Quando Oxalá entrou ficou abismado de ver tanta riquesa e quando reparou bem para Oxum, que viu a seu lado Omon Oxum, a pessoa que cuidava dele e de tôdas suas coisas, a quem ele julgava ter perdido devido o que tinha acontecido, não se conteve, se jogou também no chão dando dodóbálé para Oxum, apanhando um Ekodidé e colocando bastante dinheiro na vasilha. Oxum quando viu o velho dar dodóbálé para ela, se levantou cantando:
DÓDÓ FIN DODÓBÁLÉ KÓ BINRIN IYA OMIN TA LADÊ
e foi ajudar a Oxalá se levantar do chão. Depois que Oxalá se levantou Oxum pegou Omon Oxum pela mão e entregou à Oxalá dizendo:- Aqui está a vossa zeladora, sã e salva de todo mal que desejaram e fizeram para ela para que ela ficasse odiada por vós.
Oxalá agradecendo a Oxum disse:- Oxum, em agradecimento a tudo o que fizestes de bem e para amenisar os sofrimentos de Omon Oxum eu, Oxalá, prometo levar ela de volta para o meu palácio e de hoje em diante nunca hei de me separar desta pena vermelha que é o Ekodidé e que será o unico sinal desta côr que carregarei sôbre o meu corpo.

ITAN DE OXUN


Conta um itan do Odu Oxefun, que certo dia, Oxun recebeu de Obatalá, a ordem de iniciar o primeiro ser humano no culto aos Orixás.
Havendo selecionado entre muitos, aquele que viria a ser o primeiro iniciado, Oxun tratou de seguir as orientações fornecidas pelo grande Orixá-Funfun, contando para isto com o auxílio de Elegbara e Osaiyn, além das orientações de Orunmilá.
Todos os preceitos foram seguidos à risca e era Orunmilá, através da consulta ao oráculo, quem traduzia as orientações emanadas de Obatalá.
Ao fim da cerimônia, verificou-se uma total mudança na personalidade do iniciado que, de pessoa comum, transformou-se num ser excepcional, dotado de profundo sentimento religioso e plena dedicação ao culto para o qual havia sido preparado.
Diante deste fato, Oxun, percebendo que jamais seria possível a obtenção de um ser humano de tantas qualidades, intercedeu junto ao Grande Orixá para que o sacerdote fosse preservado do toque de Iku.Obatalá, em sua imensa sabedoria, não querendo interferir na lei natural que determina que todos os seres vivos devem um dia ser entregues aos cuidados de Iku, admitiu a possibilidade de eternizar, apenas simbolicamente, aquele a quem foi confiada a propagação de sua própria religião e desta forma, ordenou que sobre sua cabeça fosse colocado o oxú, transformando-o, imediatamente, numa ave a que deu o nome de Etú (galinha d'Angola)

domingo, 30 de março de 2008

LENDA - A CRIAÇÃO DO MUNDO


LENDA - A CRIAÇÃO DO MUNDO

ANTIGAMENTE O CÉU E A TERRA FORMAVAM UM SÓ MUNDO, E ORIXÁS E SERES HUMANOS ANDAVAM LIVREMENTE DE UM LADO PARA O OUTRO.
UM CASAL QUE NÃO PODIA TER FILHOS INSISTIU MUITO JUNTO A OXALÁ, E ESTE LHES CONCEDEU A GRAÇA DE GERAR UM MENINO.
IMPÔS PORÉM UMA CONDIÇÃO: O MENINO NUNCA DEVERIA ATRAVESSAR A FRONTEIRA DO ORUN (CÉU).
O MENINO FOI CRESCENDO E SUA CURIOSIDADE AUMENTANDO. UM DIA TEIMOU,E, ESCONDIDO, SEGUIU SEU PAI E ENTROU NO CÉU, DESAFIANDO OXALÁ.
ESTE, MUITO ZANGADO, LANÇOU SEU CAJADO RITUAL (OPAXORÔ), SEPARANDO O CÉU DA TERRA, E CRIANDO O ESPAÇO QUE CHAMAMOS DE ATMOSFERA, O SANMO, QUE DIVIDE OS DOIS MUNDOS, IMPEDINDO OS HOMENS DE VISITAREM O CÉU.

OJU ORO NI LEKE OMI
OSI BATA NI LEKE ODO
OGUN ALARE JEN LEKE
AWON OTA NI DEDE
Que as águas me protejam dos olhos ruins e das más palavras,
assim como o rio proteje a Osi Bata (Vitória Régia).
Ogum Alare me proteja de todas as maldades dos inimigos.
KI NMA RIN NI OJO
TI EBÍ NPA ONA
Que Ogun me ajude quando o dia não me for favorável.
Que não me deixe sair do meu ambiente,quando os caminhos e o dia estiverem com fome.
Se a rua tem fome, me guarde Ogun
evite também que eu saia e encontre o coração ruim das pessoas.

ORUMILA/ IFA


Orumilá /Ifá
A importância de Orumilá é tão grande que chegamos a concluir que se um homem fizer algum tipo de pedido ao todo poderoso Olorum (Deus, o Senhor dos Céus), esse pedido só poderá chegar até Ele através de Orumilá e/ou Exú, que são somente eles dois dentre todos os Orixá os que têm a permissão, o poder e o livre acesso concedido pôr Olorum de estar junto a Ele, quando assim for necessário.Ainda vale ressaltar que somente Orumilá e Exú possuem para si um culto individual, onde são feitos adorações totalmente específicas para os mesmos, também são eles os únicos que podem possuir para somente o seu culto um sacerdote específico. Isso só é possível pôr causa dos poderes delegados pelo todo poderoso a eles, pois os demais Orixá são totalmente dependentes de Ifá e Exú, enquanto que eles não dependem de nenhum dos Orixás para desenvolverem sua própria evolução, ou seja, o culto à Ifá e Exú não dependem do culto aos Orixá, entretanto o culto aos Orixá dependem totalmente de Ifá e Exú.Orumilá é o senhor dos destinos, é quem rege os o plano onírico (sonhos), é aquele que tudo sabe e tudo vê em todos os mundos que estão sob a tutela de Olorum, ele sabe tudo sobre o passado, o presente e o futuro de todos habitantes da Terra e do Céu, é o regente responsável e detentor dos oráculos, foi quem acompanhou Odudua na criação e fundação de Ilé Ìfé, é normalmente chamado em suas preces de:
Elérí Ìpín - "o testemunho de Deus''
Ibìkéjì Olódúmarè - "o vice de Deus"Gbàiyégbòrún - "aquele que está no céu e na terra"Òpitan Ìfé - "o historiador de Ìfé"Acredita-se que Olorum passou e confiou de maneira especial toda a sabedoria e conhecimento possível, imaginável e existente entre todos os mundos habitados e não habitados à Orumilá, fazendo com que desta forma o tornasse seu representante em qualquer lugar que estivesse.No Terra Olorum fez com que Orumilá participasse da criação da terra e do homem, fez com que ele auxiliasse o homem a resolver seus problemas do dia a dia, também fez com que ajudasse o homem a encontrar o caminho e o destino ideal de seu orì. No Céu lhe ensinou todos os conhecimentos básicos e complementares referente todos os Orixá, pois criou um elo de dependência de todos perante Orumilá, todos devem consultá-lo para resolver diversos problemas, com pôr exemplo, a vinda de Oxalá à terra para efetuar a criação de tudo aquilo que teria vida na mesma, porém o grande Orixá não seguiu as orientações prescritas pôr Ifá, e não conseguiu cumprir com sua obrigação caindo nas travessuras aplicadas pôr Exú, ficando esta missão pôr conta de Odudua.Também Orumilá fala e representa de maneira completa e geral todos os Orixás, auxiliando pôr exemplo, um consulente no que ele deve fazer para agradar ou satisfazer um determinado Orixá, obtendo desta forma um resultado satisfatório para o Orixá e para o consulente.Orumilá sabe e conhece o destino de todos os homens e de tudo o que têm vida em nosso mundo, pois ele está presente no ato da criação do homem e sua vinda a terra, e é neste exato instante que Ifá determina os destinos e os caminhos a serem cumpridos pôr aquele determinado espírito.É pôr isso que Orumilá tem as respostas para toda e qualquer pergunta lhe é feita, e que ele têm a solução para todo e qualquer problema que lhe é apresentado, e é pôr esta razão que ele têm o remédio para todas as doenças que lhe forem apresentadas, pôr mais impossível que pareça ser a sua cura.Todos nós deveríamos consultar Ifá antes de tomarmos qualquer atitude e decisão em nossas vidas, com certeza iríamos errar menos, os Iorubás consultam Ifá antes de tomarem qualquer decisão, com pôr exemplo, antes de um casamento, antes de um noivado, antes do nascimento e até mesmo na hora de dar o nome a criança, antes da conclusão de um negócio, antes de uma viagem, etc.Além disto tudo, Orumilá é também quem tem a vida e a morte em suas mãos, pois ele é a energia que esta mais atuante e mais próxima de Olorum, podendo ele ser a única entidade que tem poderes para suplicar, pedir ou implorar a mudança do destino de uma pessoa.Não é Orixá, encontra-se num plano mítico e simbólico superior ao dos outros orixás. Se Olorum é o ser supremo dos Iorubás, o nome que dão ao Absoluto, Orumilá é a sua emanação mais transcendente, mais distanciada dos acontecimentos do mundo sub-lunar.Na tradição de Ifé é o primeiro companheiro e "Chefe Conselheiro" de Odudua quando da sua chegada à Ifé. Outras fontes dizem que ele estava instalado em um lugar chamado Òkè Igèti antes de vir fixar-se em Òkè Itase, uma colina em Ifé onde mora Àràbà, a mais alta autoridade em matéria de adivinhação, pelo sistema chamado Ifá. É também chamado Àgbónmìrégún ou Èlà. É o testemunho do destino das pessoas.Os babalaôs (pais do segredo), são os porta vozes de Orumilá. A iniciação de um babalaô não comporta a perda momentânea de consciência que acompanha a dos orixás. É uma iniciação totalmente intelectual. Ele deve passar um longo período de aprendizagem, de conhecimentos precisos, em que a memória, principalmente, entra em jogo. Precisa aprender uma quantidades de Itans (histórias) e de lendas antigas, classificadas nos duzentos e cinqüenta e seis odú (signos de Ifá), cujo conjunto forma uma espécie de enciclopédia oral dos conhecimentos do povo de língua Iorubá.Cada indivíduo nasce ligado a um Odu, que dá a conhecer sua identidade profunda, servindo-lhe de guia por toda vida, revelando-lhe o Orixá particular, ao qual deverá ser eventualmente dedicado. Ifá é sempre consultado em caso de dúvida, antes de decisões importantes, nos momentos difíceis da vida.

HOMENAGEM Á OBASYRE


OBÁ XIRÊ "RAINHA PODEROSA" "GRANDE GUERREIRA'Hoje Venho falar de minha Orixá de Colo! Obá Xirê Obá é Filha de Afefé com Iroco e irmã gêmea de Iansã, é a senhora das estrelas e encarregada de mandar luminosidade para aureolar os seres na Terra. Senhora do Cobre e da cor do sangue! É em respeito a esse orixá que todas as mulheres dentro do candomblé usam torços que escondem as orelhas, deixando assim todas iguais .Obá sempre foi guerreira, mas, ao contrário da irmã, não se propunha a andar pelo mundo, preferia ficar em casa dedicando-se aos seus afazeres. Sempre foi a iabacê do reino, pois a culinária é o que mais lhe agrada. Orixá do rio Níger, terceira mulher de Xangô. Orixá, embora feminina, temida, forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. Só perdeu pra Ogum Guerreiro, que usou um amalá com quiabo pra enganar Obá, por isso Obá não come Quiabo!OBÁ Divindade feminina, guerreira que às vezes é também citada como caçadora. Irmã de Óya (Iansã). Esposa de Ogum e, posteriormente,terceira e mais velha mulher de Xangô. Bastante conhecida pelo fato de ter seguido um conselho de Oxum e decepado a própria orelha para preparar um ensopado para o marido na esperança de que isto iria fazê-lo mais apaixonado por ela. Quando manifestada, esconde o defeito com a mão. Seus símbolos são uma espada (idà) e uma escudo sobre uma coroa, Obá é considerada Rainha Guerreira. Sua saudação é OBA XÍ ou ÖBA XIRE. Significa Rainha Poderosa OBÁ — Orixá guerreira e das águas revoltas !!! A história de Obá está normalmente associado a uma Quizila mal usada sobre como foi enganada por Oxum.Que a fez acreditar que se cortasse uma de suas orelhas e servisse num amalá ao Rei Xangô ele iria preferir seu amor! O sentido desta Quizila não é mostrar Obá como um Orixá tolo, mas sim, dedicado, decidido, apaixonado, que não mede esforços e sacrifícios para atingir seus objetivos, sendo extremamente altruísta e que inicialmente confia nas pessoas e somente depois se estas lhe falham descarrega sua força e ira. Obá é um Orixá temível, aquela que luta pelo prazer da guerra e não pelo objetivo de sua guerra. Obá nunca desiste de uma guerra, por isso a ela se entrega as causa impossíveis, os amores inatingíveis, ou os amores sofridos e de incompreensão...Quando se recorreu a todos Orixás e não se obteve êxito, entregue a Obá! Obá Significado: Rainha Cor: rubi intenso e cobre Saudação: Obá xirê! - Rainha Poderosa, forte Elemento:FOGO e águas revoltas Comida: raízes de cor vermelha, frutas da mesma cor e todas as comidas de Yansã. Dia consagrado a Obá: Segunda Feira Dia Festivo: 30 de Maio qd é sincretiza com Santa Joana D’Arc Mineral:cobre Domínio: águas revoltas Quizila: Sopa e o cogumelo, e peixes de água doce! Instrumento: adaga. Plantas: Folhas de jabuticaba, mangueira, mangericão e rosas laranjas e vermelhas! QUALIDADES:1) Obá Gideô (velha e demora a escolher suas filhas) Obá Xirê Rewá (é a Princesa Guerreira, valente e colérica ) Tudo relacionado a Obá é envolto em um clima de mistério Quando Obá se manifesta em alguma das suas iniciadas, leva a mão para cobrir a orelha esquerda, ou ata-se um torço (turbante), a fim de esconder uma das orelhas. Qd ela vibra vai busca um das filhas de Oxum pra que elas guerreiem uma das mais belas danças de Candomblé! O ARQUÉTIPO DE OBÁ As pessoas pertencentes a este Orixá são lutadoras, bravas, um tanto agressivas, o que as levam a serem pouco incompreendidas. Freqüentemente tendem a terem experiências infelizes e amargas. Mas não são tolas, qd resolvem que alguém não serve pra sua confiança essa pessoa é descartada sem o menor problema! São ciumentas, pois são muito zelosas com tudo que lhe pertencem. E se revoltam facilmente! Porém, são pessoas de grande valor e dedicação. Tendem a alcançar seus ideais. Dedicadas e extremamente de confiança! São as pessoas do segredo! AXÉ!!!

NOVIDADES


ESTAMOS PARTICIPANDO AOS LEITORES DO BLOGGER DE EBOME ALESSANDRA DE OSUN QUE A PARTIR DESTE MÊS DE MARÇO DE 2008 DEPOIS DE TANTAS PROVAÇÕES DENTRO DE NOSSA PARTICIPAÇÃO ATIVA DENTRO DO CANDOMBLÉ ESTAMOS AGORA

SENDO ORIENTADOS PELA EBOME DE OBASY COM SEU ILE AXÉ O QUAL FOMOS MUITO BEM RECEBIDOS E ORIENTADOS.


E QUE A PARTIR DE AGORA EU EBOME ALESSANDRA DE OSUN

YAMORIXA DE YEWA JESSICA, YAMORIXA DE IMBUALAMO JONATHAN, YAMORIXA DE OXUMARÉ JENNIFER E YAMORIXA DE OGUN RONAM CAMINHAREMOS COM OS PASSOS DOS ORIXAS E REALIZAREMOS ANUALMENTE OS NOSSOS DEVIDOS ORIAXÉS RESPECTIVOS PARA CADA ORIXA DE NOSSA FAMILIA ESPIRITUAL .



AXÉ PARA TODOS


OLORUN BOSSIFUO

segunda-feira, 3 de março de 2008

Ibejis


Ibejis
Iansã e Xangô tiveram dois filhos gêmeos. Só que, quando eles ainda eram pequenos, houve uma epidemia que matou muitas crianças do povo, e um dos gêmeos morreu. Os pais ficaram desesperados e Iansã, como é amiga dos Eguns, resolveu pedir sua ajuda. Esculpiu um boneco de madeira igual ao filho que havia morrido, vestiu-o e enfeitou-o como se fosse para uma festa e colocou-o no lugar de honra da casa. Todos os dias ela colocava uma oferenda aos pés da imagem e conversava com ela como se fosse seu filho vivo. Comovidos com seu amor pela criança, os Orixás fizeram a estátua viver e Iansã voltou a ter seus dois filhos.
Lenda De Ibeji
Existia num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a orumilá que o levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo pedido, orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.
Dados De Ibeji
Cores: Azul celeste-RosaMetais: TodosPredominância: Infância,Diversão,Inocência,LiberdadeDia Da Semana: TodosDia Do Ano: 12 De OutubroSincretismo: São Cosme e DamiãoSaldação: Ibeji Mim Asé
IBEJI (ib: "nascer"; eji: "dois")
Ibeji na nação Keto, ou Vunji nas nações Angola e Congo. É o orixá Erê, ou seja, o orixá criança. É a divindade da brincadeira, da alegria; sua regência está ligada à infância.
Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé pois, assim como Exu, se não for bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo. É o orixá que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independente do orixá que a criança carrega.
Ibeji é tudo de bom, belo e puro que existe; uma criança pode nos mostrar seu sorriso, sua alegria, sua felicidade, seu engatinhar, falar, seus olhos brilhantes. Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o vôo das aves, na beleza e perfume das flores. A criança que temos dentro de nós, as recordações da infância. Feche os olhos e lembre-se de uma felicidade, de uma travessura e você estará vivendo ou revivendo uma lenda desse orixá. Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu em nossa infância, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, ele já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos.
A lenda, a história de Ibeji, acontece a cada momento feliz de uma criança. Ao menos para manter vivo este importante orixá, procure dar felicidade a uma criança. Faça você mesmo o encantamento de Ibeji. É fácil: faça gerar dentro de si a felicidade de estar vivendo. Transmita esta felicidade, contagie o seu próximo com ela. Encante Ibeji com a magia do sorriso, com o amor de uma criança. E seja Ibeji, feliz!

OXALA


OXALA


Este orixá , é tido como o deus dos deuses , é ele o Orixá que controla as funções da reprodução, da criação, e da procriação, . Esse orixá representa o céu o principio de tudo.
Oxalá , de acordo com a hierarquia sacerdotal, está abaixo de Olorum, porém é o Orixá chefe que comanda o universo, é o soberano, o mais venerado de todos, é o deus sol. É representante do patriarcado. Perante a mitologia yorubá representa o princípio, o gerador em potencial e responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra , é quem permite a consagração no sentido masculino do termo.É tido como o pai de todos os Orixás, com exceção de Logun-Ede, que é filho do Orixá Oxossi o deus das matas e a deusa Oxum, a deusa das águas doces,
Devido a Oxalá a cor brancas está associada aos cultos afro- brasileiro em geral e principalmente ao candomblé.Essa é a cor desse maravilhoso orixá, por ele ser a soma de todas as cores, sendo assim é também a cor do esperma que é a participação masculina na geração de um novo ser.
A ele foi atribuído o trabalho de criar o mundo, função esta a ele delegada por Olorum. Segundo as lendas esse Orixá foi enviado para criar o mundo . O sol é uma das forças inteligentes da própria essência de Oxalá como o vinho da palma.
O senhor da vida é um raro caso de monogamia entre os Orixás Africanos. Orixá da criação da humanidade.Associado a Jesus Cristo, é o pai supremo, que separou o mundo material do mundo dos espíritos.Criou os seres vivos e gerou os orixás.Senhor da vida e da morte de todas as criaturas é austero porém bondoso.Prefere persuadir á impor sua vontade.Suas esposas são Nana e Yemonja. Acima dele está Olorum, o Deus supremo. Eèpàà Bàbá, Òrìsànlá, Òrìsà òkè nínu won gbogbo Òrìsà ! Eèpàà Bàbá( Respeitos ao Pai , O grande Orixá , o Orixá mais alto dentre todos os Orixás ! Respeitos ao Pai )

LOGUN EDÉ


Logum ede


O príncipe de ijexa é uma divindade andrógina que transmite bondade e fartura.
Filho de oxum e de oxosse.
Cores do orixá : amarelo cristal e azul cristal
Durante seis meses do ano, ele vive nas matas seguindo os passos do pai caçador. Nos outros seis meses, ele assume a forma feminina e parte para as águas doces , domínio de sua mãe. Beleza, elegância e poder de sedução são os atributos desse orixá adolescente, que proporciona fartura na caça e na pesca. Logum está associado a São Miguel arcanjo e santo expedito.
LOGUM PRINCIPE ACLAMADO
ODE : LIGAÇÃO COM OGUM
EDE LIGAÇÃO COM OXOSSI


Dia da semana quinta feira
Cores azul turqueza e dourado
Saudação : loci loci Logum ( grita, grita seu brado de guerra , príncipe guerreiro
Números 9 e 6
Elementos ar e água
Domínio matas e cachoeiras
Vela metade azul clara, metade amarela ( afasta a tristeza , atrai sorte, dinheiro e sabedoria
Instrumento ofá arco e flecha e abebe espelho


Erinlê ( uma qualidade de Oxosse ) teria tido um filho de Oxum (uma qualidade de Oxum mais guerreira ) que vive nas montanhas, cujo culto é feito, apesar de raro , em ijexá , Nigéria. Este filho é Logun. No Brasil , especialmente no rio de janeiro , Logum tem numerosos adeptos.
O orixá representaria o príncipe das matas e caças , já que o pai Oxosse é o rei. É um orixá andrógino.Durante seis meses do ano vive nas matas, alimentando-se de caça, e nos outros seis meses meses do ano vive nas águas de oxum., abastendo-se de peixe.Ele representaria uma síntese dos dois orixás. Essa síntese está presente também nas vestimentas míticas e nas oferendas. Seu axé fica concentrado em duas pedras ou otás retirados do mato e outra das águas.
Os símbolos usados por Logum nas danças mostram bem a dualidade que envolve esta divindade ela carrega o erukerê de Oxosse ( espécie de espanta moscas) símbolo do poder usado pelos reis, e o abebe espelho utilizado por oxum.Nos assentamentos do deus , geralmente encontramos como símbolo um cavalo-marinho ou uma pequena imagemd e sereia
Nas danças acontece o mesmo.ora dança como o pai, representando a caça e os golpes de lança, ora aparece banhar-se nas águas como oxum .Logum tem um gênio imprevisível, ás vezes faceiro e coquete como a mãe ou solitário e individualista como o pai.
Logum era filho de oxum, deusa guerreira e oxosse. Eles viviam na montanha, afastados das cidades. Como os pais tinham gênio difícil, viviam brigando, sendo assim , acharam melhor, de comum acordo, viver separados. Oxosse ficaria no alto da montanha e Oxum no seu domínio onde existiam águas e uma bonita cachoeira
Por gostar muito dos dois , Logum ficava dividido: não sabia se caçava com o pai ou se fazia companhia á mãe. Como era um grande feiticeiro, preparou uma poção mágica através da qual durante seis meses teria
Características masculinas- usando um ofá para caça e roupas azul-turquesa- e nos outros seis meses assumiria feições e jeito bem feminino, trajando roupas amarelo douradas e empunhando um abebe (espelho)
Certo dia. Logum estava em companhia de Oxum e , entediado, resolveu dar uma volta: caminhou tanto que chegou até Ifé , reino do orixá Ogum.Com seu jeito carismático, Logum- então com formas femininas- cativou Ogum e foi morar com ele.
Já haviam se passado quase seis meses e Logum esqueceu-se de tomar a poção. Oxum, preocupada com a demora do filho, saiu a sua procura. Tal foi seu espanto ao encontra-lo vivendo com Ogum que expulsou-o de casa. Logum procurou o pai, pois não entendia o que estava acontecendo. Oxosse tsmbém não gostou da historia e colocou-o para fora.Desamparado , ele andou até a cidade de Oyo, onde encontrou Iansã a deusa guerreira dos ventos. Imediatamente ela acolheu e o proclamou príncipe, por sua formosura, apesar da pouca idade. Sabendo da poção mágica, ela fez com que Logum bebesse um pouco, mas de nada adiantou, pois seu efeito já havia passado. Surpreendentemente, porem ele transformou numa pessoa de natureza andrógina, metade homem metade mulher, Iansã que não tem preconceitos vive com Logum até hoje

XANGO


Xango o orixa da justiça


Xangô, é um deus yorubano, que cuida da administração, do poder e principalmente da justiça. Xangô é a divindade que representa a instituição do poder, do domínio, do chamado veredicto final. Ele é a seriedade, a autoridade, o respeito. É o peso, e sensação mais correta para definir-se o que alguém sentea referir-se a esta divindade. Xangô é integridade.irremovivel.É o poderoso, administrador que se curva, á experiência e a sabedoria do velho, patriarca Oxalá. Representa também a autoridade constituída no panteão africano. Os comportamentos desse Deus Yorubano, fazem com que ele seja, identificado no mundo material com a firmeza de uma rocha. Carrega consigo o equilíbrio de sempre agir com neutralidade. Seu raio é eventual castigo é o resultado de um quase processo judicial onde todos os prós e contras foram pesados exausticamente á famosa balança da justiça.
Xangô como ancestral foi o quarto rei legendário da cidade de oyo. Onde foiu considerado como ancestral místico de seu povo. Ele possui igualmente os talismos que lhes permitia emitir fogo e chamas pela boca e pelas narinas. Representa as vezes,um personagem, levando o fogo sobre a cabeça. Seus elementos são a firmeza da pedra e a força do fogo. Seu domínio em termos de atividade humana, é a justiça. O raio e o trovão fazem parte das armas utilizadas pelo Orixá, pois o mesmo tem total domínio sobre as mesmas.
Na África, existe um passaro dedicado a Xangô, chamado Papagori. Os magbas consideram mensageiro especial do orixá que por intermédio de seu canto envia suas mensagens e avisos.
Esse Orixá é o único que possui ministros, que servem como verdadeiros assesssores. Xangô , é um orixá viril e atrevido, violento e justiceiro castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores.
Por esse motivo, uma casa atingida por um raio , é uma casa marcada pela cólera de xangô. O proprietário deve pagar pesadas multas aos sacerdotes do Orixá que vem procurar nos escombros, as pedras do raio, lançados npor xangô e profundamente enterrados no local onde o solo foi
Atingido.Tais pedras são consideradas emanações de xangô, ee contém o seu poder .o sangue dos animais sacrificados e derramados em parte sobre suas pedras de raio para manter-lhes a força e o poder. O símbolo de xangô, é o machado de duas lâminas estilizado, que seus filhos trazem nas mãos , quando em transe.
Esse oxe parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça. Este fogo é ao mesmo tempo, o duplo machado e lembra de certa forma , a cerimônia chamada ajire, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma jarra cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo.
Xangô valente e protetor ele foi rei de Oio e fundou uma dinastia de heróis lutadores. Orixá da justiça.
Os raios e o fogo e as pedras são o domínio desse orixá orgulhoso e autoritário, associado a São jerônimo,São Pedro e a São João Batista e São Francisco de Assis,Senhor da justiça Xangô pune as iniqüidades e atua sempre para que a verdade prevaleça.No Brasil sua popularidade é tão grande que em Pernambuco, o culto aos orixás recebe o nome de Xangô.

OXUMARE


Oxumare o deus do arco íris

Oxumare ou Dan como também é conhecido é um vodum originário do pais Mahi (gegê). É um deus iorubano representado pelo arco íris , e a serpente Dan simboliza a continuidade, a riqueza,, e da fartura, seu principal objetivo é de sustentar a terra impedindo assim que esta se desintegre.Quando representada pela serpente Dan, morde a própria caula , o que simboliza a continuidade a força vital. Dan mora em certos locais e arvores desconhecidas.A esse orixá,seus maiores cuidados e fundamentos são assentados fora das casas e templos de candomblé.Esse Deus Yorubano é conhecido nas religiões afro, e principalmente, nos candomblés mais precisamente com o nome de Bessem o deus do arco-iris.
Oxumare,Dan ou Bessen não importa a qualificação é uma divindade originária da cultura do Daomé, região – centro norte da África. A ele foi atribuído o poder de controlar as chuvas e as secas já que enquanto o arco-iris brilha não pode chover,
De acordo com as lendas associa-se o Arco-iris ao bem e a serpente Dan ao mal, enquanto o arco-iris traz a boa noticia do fim da tempestade,da volta do sol da possibilidade de movimentação, livre e confortável,cobra é particularmente perigosa. A cobra e o arco-iris porem tem muito mais em comum do que diferenças, pois ambos são representações mitológicas do mesmo fenômeno, que é a existência dos ciclos que se repetem.Ele simboliza os ciclos que não dependem do homem, como o dia e a noite
Os filhos deste Orixá demonstram grande capacidade de dedicação e caridade. Arco-iris
Ele é o arco-iris que liga o céu e a Terra, a serpente que fecunda o solo e gera riquezas. É o senhor da dualidade, do
Movimento, da perpetua renovação.Macho e fêmea, simboliza a interação entre as energias. Em forma, de serpente morde a própria cauda e num girar incessante mantém o equilíbrio entre os corpos celestes. Filho de Oxalá e Nana, está associado a São Bartolomeu.

Òsùmàrè
Aspectos Gerais
· DIA: Terça-feira
· DATA: 24 de Agosto
· METAL: Ouro e prata mesclados
· CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-íris
· COMIDAS: Ovos cozidos com azeite-de-dendê, farinha de milho e camarão seco.
· SÍMBOLOS: Ebiri, serpente, círculo, bradjá.
· ELEMENTOS: Céu e terra
· REGIÃO DA ÁFRICA: Mahi (no ex-Daomé)
· PEDRA: Zirconita
· FOLHAS: Folha de café, alfavaca-de-cobra, jibóia, oriri.
· ODU QUE REGE: Obeogundá e Iká
· DOMÍNIOS: Riqueza, vida longa, ciclos, movimentos constantes.
· SAUDAÇÃO: A Run Boboi!!!

obaluaye


OBALUAYE/OMOLU


É o orixá que controla a vida e a morte , tendo assim o poder dado por Olorum de curar o homem, trazendo assim a vida ao mesmo e também tendo o poder de tirar a vida do mesmo, quando necessário , é considerado o caridoso médico dos pobres . É também representado pela colheita.
Seu domínio é o universo da doença, tanto a sua causa quanto a sua cura. É um Orixá da cultura Gegê.Esse grandioso é tão venerado Orixá está ligado diretamente aos três princípios básicos do candomble. Que são o branco, que é a cor da luz, cor do esperma, o princípio básico da vida o inicío de tudo. O vermelho que é a força a energia transformadora e energética do fogo , do poder do calor e também do aquecimento. O preto, que é a representação da sombra do desconhecido, do mágico, do oculto e da magia é o atrativo para o não visível.Existem algumas formas deste Orixá , existem as formas guerreiras e as não guerreiras de idades diferentes, mas todas podem ser resumidas pelas duas configurações básicas do jovem e do velho. Independente de sua forma esse Orixá está sempre pronto para castigar os que não o respeitam,não permitindo assim que como Orixá o tratem como trataram enquanto pessoa.Esse Orixá é também considerado na Nação Keto , como rei do mundo e da terra. Dentro das religiões Afro, como um dos mais respeitados e louvados até mesmo outros Orixás. Fazem-lhe reverencias.Esse orixá assim como seus filhos é um Orixá completamente cercado de mistérios e dogmas indevasaveis.A festa anual de oferendas de comidas chama-se (olubajé) no decorrer da qual lhe são apresentados pratos de abérem , milho cozido enrolado em folhas de bananeira, carne de bode, galos e pipocas. Segunda-feira é o dia consagrado a ele. As proibições alimentares das pessoas dedicadas a Obaluaye são carne de carneiro, peixe de água doce de pele lisa,caranguejos
, banana prata, jacas, melões, abóboras e frutos de plantas trepadeiras. O arquétipo de Obaluaye é o das pessoas com tendências masoquistas, que gostam de exibir seus sofrimentos , e as tristezas das quais tiram uma satisfação íntima.Pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida lhes corre tranqüila.Podem atingir situações materiais invejáveis e rejeitar , um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários.
Pessoas que em certos casos sentem-se capazes de se consagrar ao bem estar dos outros , fazendo completa , abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
Orixá andrógino é ele que recolhe as águas que caem na terra e leva ao céu
Seu nome significa “rei” dos espíritos do mundo material.Deus do mistério, obaluae também chamado de Omulu Xapana, inspira medo e respeito.Seu rosto se oculta sobre uma vestimenta de palha da costa,material usado em ritos fúnebres da África.Senhor da doença e da cura pode tirar a vida ou restitui-la filho de Oxalá e Nana está associado a São lazaro e São Roque.
Obaluaie Rei dono da terra. Omulu Filho do Senhor, Sapata Dono da terra , são os nomes dados a Sánpónna ( um titulo ligado a grande calor do sol – tamnbém é conhecido como Babá Igbona = pai da quentura) deus da varíola e das doenças contagiosas , é ligado simbolicamente ao mundo dos mortos.Outra corrente os define como Obaluiae : Oba-ilu;aiye, Rei dono ,senhor da vida, na terra, Omulu Omo-ilu Rei dono senhor da vida
Sua dança o Opanijé (cuja tradição é ; ele mata qualquer um e come) como um ser doente onde mostra suas feridas, o céu e a terra , sua lenda , em outras danças, dança curvado para frente, como que atormentado por dores, e imitam seu sofrimento, coceiras e tremores de febre.
Sua arma emblema é o Xaxara Sasara, espécie de cetro feito de mão , feito de nervuras da palha do dendezeiro,enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como varre as doenças, impurezase males sobrenaturais.Esta representação nos mostra sua ligação a terra, ao tronco e ramo das arvores, transporta assim o Axé preto, vermelho e branco.Está relacionado com o axé preto terra contido no segredo do ventre fecundado e com os espíritos contidos na terra.
Suas contas como Omolu são vermelho, preto e branco, como Obaluaye o preto e o branco, como Xapana , o preto e o vermelho.Também usa o lagidiba, seu colar ritual feito dos pequenos discos pretos de chifres de búfalo cortado em rodelinhas, é usado para proteger de doenças e tem uma conotação de grau hierárquico . Faz muito uso dos cauris (búzios ) em seu braja (colar de búzios) e nos paramentos. Em uma região é ligado a riqueza e patrono dos cauris e conjunto de 16 buzios + 1 da leitura esotérica erindilogun
Na Nigéria os Owo Erindilogun adoram Obaluaie e usa,, no punho esquerdo uma tira de Igbosu (pano africano) onde são costurados cauris esó
Sua saudação é Atoto quer dizer Silencio escutai , hora da devoção
Sua vestimenta é feita de ikó , é uma fibra de ráfia extraída do Igi Ogóró, a palha da costa elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados a morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto.É composta de duas partes o Filá e o Axé , a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha da costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, O Axé , seu asó-iko(roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros , acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um Xokoto, espécie de calça, também chamado cauçulu, em que oculta o mistério da morte e do renascimento,Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com iko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte
Sua festa anual é o Olubajé Olu aquele que come, ba – aceita, jé, comer ou ainda aquele que come) são feitas oferendas e são servidas suas comidas Seus filhos devidamente incorporados e paramentados oferecem as mesmas aos convidados /assistentes desta festa em folhas de bananeiras ou mamona.Suas quizilas (proibições) mudam de casa para casa, de nação para nação , carneiro ,peixe de rio, e de couro , caranguejo, carne de porco, pipoca, jaca... Tido como filho de Nana , no Brasil , sua origem, forma , nome e culto na África é bastante variado, de acordo com região, essa variação de nomes é de conformidade com a região, Obaluaie /Xapana em Tapá (nupê) chegando ao território
Mahi ao norte do Daomé, Sapata é sua versão fon trazido pelos nagôs . Em alguns lugares se misturam em outros são
Deuses distintos , confundido até com Nana Buruku, Omulu em Keto e Abeokutá
Seu parentesco com Oxumaré e Iroko é observado em Keto (vindo de Aisê segundo uns e Adja Popo segundo os outros), onde pode se ver uma lança (Oko Omolu) cravada na terra , esculpida em madeira onde figuram esses três personagens superpostas, também em fita próximo de Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, três fetiches ao mesmo tempo Moru (omulu) , Dan (oxumare) e seu filho Loko (iroko)

IROKO


IROKO

Poderosa arvore da floresta, em cujos galhos se abrigam divindades e ancestrais.poderosa arvore da floresta, ao pés da
Qual são depositadas as oferendas para as Yamim Aje.
Poderosa arvore da floresta , cujas raízes alcançam o orum ancestral e o tronco majestoso serve como apoio ao próprio Olofim. Iroko e participe do culto ancestral feito as arvores sagradas (Iroko, Apaoka, Akoko, etc). No Brasil é considerado o protetor de todas as arvores sendo associado particularmente a gameleira branca. Seu culto está intimamente associado ao de Osssaim, A divindade das folhas litrurgicas e medicinais. É o orixá da floresta das arvores do espaço aberto, por extensão governa o tempo em seus múltiplos aspectos., função que o equipara a Airá (divindade da famil´[ia de Sango).
É cultuado pelas nações de origem dahomeana (Mina-Gege. Gege Mahi co o nomede Loko e pelos Banto sudaneses pelo nome de Zaratempo ( a divindade Tempo da Nação de angola).É referido como orixá do grande pano branco que envolve o mundo numa alusão clara as nuvens do céu. As arvores nas quais Iroko é cultuado normalmente são de grande porte, são enfeitados com grandes laços de pano alvo (oja funfun) e ao pé dessas arvores são colocadas suas oferendas, notadamente nas casas de origem Ketu onde recebe lugar de destaque jamais uma dessas arvores pode ser derrubada sem trazer séria consequências para a comunidade. No culto aos voduns Loko ocupa lugar destacado comparado somente a Lisa (osala) e dan (Osumare). Iroko é invocado em questões difíceis tais como desaparecimento de pessoas ou problemas de saúde, inclusive a mental.
Seus filhos são ativos e generosos robustos, na constituçao extremamente atentos a tudo que ocorre a sua volta. Seu dia de culto é Ojo Isegun juntamente com todos os Orixás ligado as matas e Terra
IROKO SENHOR DAS FLORESTAS

Iroko é uma aparição muito rara nos Candomblés. Os segredos de seu culto vão desaparecendo à medida que morrem os sacerdotes mais antigos.
Este Orixá só não desaparece definitivamente porque vive na mais suntuosa arvore que pode haver em terreiro de Candomblé: o pé de Iroko
Iroko é a arvore símbolo do Candomblé .Dizem que não cresce no Brasil, mas isso não é verdade. Na Bahia, e até mesmo em São Paulo ( não com a mesma grandiosidade), pode-se ver essa árvore.Contudo, o mais importante é o significado que a arvore desperta do que o vegetal propriamente dito.Sendo assim, qualquer árvore não leitosa com mais de 100 anos pode ser considerada Iroko,pois toda árvore de grande porte serve de morada aos ancestrais, tornando-se um elo fundamental entre a terra , o chão , e o ar, portanto, são sempre sagradas.
O Orixá Iroko é um dos filhos de Nana Buruku,irmão ,portanto de obaluaie e oxumare.É também chamado de Roko ou Loko, sendo esse nome mais usual nos cultos de procedência jeje-mina e jeje-mahi.
O poder desse orixá foi sentido no tempo da escravidão , como comprova uma de suas historias recentes, que foi testemunhada e divadamente registrada, ratificando a força da árvore sagrada da qual é proprietário.
O Iroko, como qualquer arvore outra árvore, jamais deve ser cortado.Só o tempo pode derrubar Iroko.Um senhor de engenho, certa vez, ordenou a um de seus escravos que cortasse o Iroko, que derrubasse a árvore.Sabendo do poder do Orixá, o escravo recusou-se a fazer o serviço, preferindo o castigo de duzentos açoites a ofender Iroko.Um outro escravo tomou o machado e foi executar a tarefa.No primeiro golpe, caiu morto.Ninguém mais ousou tocar naquela arvore.
A floresta é a morada de Iroko, Um orixá do mato como Oxossi e Ossaim , mas é também a morada dos ancestrais e Iroko é o guardião da ancestralidade.Todas as árvores centenárias, grandiosas,podem ser consideradas Iroko.A palavra Iroko é o mesmo que floresta, mas não se refere propriamente ao espaço físico , ao chão, mas as arvores e a seres que habitam a mata, ou seja, remete ao espaço mágico, pois vários povos consideram a floresta como a morada dos espíritos.
Iroko representa a floresta de arvores centenárias, a morada de todos os ancestrais.É guardião das grandes arvores, de raízes firmes, de estrutura sólida , que resistem as variações do tempo, assistem ao passatempo das gerações primevas e aguardam a chegada das futuras gerações.

sábado, 1 de março de 2008

ossayin


Òsonyín
Aspectos Gerais
· DIA: Quinta-feira.
· DATA: 5 de outubro.
· METAL: Estanho.
· CORES: Verde e branco.
· COMIDAS: Fumo, mel, milho vermelho, espigas regadas com mel.
· SÍMBOLOS: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo (árvore estilizada).
· ELEMENTOS: Floresta e plantam selvagens (terra).
· REGIÃO DA ÁFRICA: Iraó.
· PEDRA: Esmeralda.
· FOLHAS: Peregun, são-gonçalinho, garobinha-mas toda as folhas são de Ossaim.
· ODU QUE REGE: Iká.
· DOMÍNIOS: Medicina e liturgia através das folhas.
· SAUDAÇÃO: Ewé ó!

Origem e História
Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem folhas não há orixá, elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé. Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim (Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as palavras (ofó) que despertam seu poder, sua força.
Ossaim desempenha uma função fundamental no Candomblé, visto que sem folhas, sem sua presença, nenhuma cerimônia pode se realizar, pois ele detém o axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde da folhas.
As folhas de Ossaim veiculam o axé oculto, pois o verde é uma das qualidades do preto. As folhas e as plantas constituem a emanação direta do poder da terra fertilizada pela chuva. São como as escamas e as penas, que representam o procriado. O sangue das folhas é uma das forças mais poderosas, que traz em si o poder do que nasce e do que advém.
É preciso esclarecer que o sangue (ejé) é um elemento essencial no Candomblé. Três são os tipos de sangue: o vermelho, dos animais, do azeite-de-dendê, do mel; o preto (verde), do sumo das folhas, e o branco, do sêmen, do vinho de palma, da água.
As folhas constituem o fundamento inicial do Candomblé. Antes de passar por qualquer ritual, o neófito tomará o banho de ervas (amassi) que o purificará e será sua primeira consagração dentro do culto. É com o amassi que se lavam os colares, os objetos rituais do ibá, a cabeça, a alma e o corpo dos iniciados. É sobre as folhas sagradas de ossaim que repousará o iaô em sua consagração ao orixá. É com as folhas que os animais consentem o sacrifício. Ossaim é, portanto, a primeira consagração no Candomblé: primeira e constante, pois a folha faz parte do dia-a-dia dos adeptos do Candomblé; Ossaim é imprescindível à religião, aos orixás e aos iniciados.
Todas as folhas possuem poder, mas algumas têm finalidades específicas e não servem para o banho ritual. Nem todas as folhas servem para os ritos do Candomblé. Nos banhos de amassi, por exemplo, devem ser utilizadas folha não-leitosas que não queimem; outras, como o Oju-orô, devem passar por uma preparação especial antes de ser utilizadas nos banhos. Em outros termos, existem folhas que podem ser usadas nos rituais e folhas que não podem; outras devem passar por ritos especiais, algumas folhas não servem para o banho. Enfim, as folhas possuem inúmeras utilidades dentro e fora do Candomblé, mas é preciso que o sacerdote saiba utilizá-las de maneira correta.
Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito. Portanto, precisamos lutar por sua preservação, para que conseqüências desastrosas não atinjam os seres humanos.
A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros orixás do mato, como Ogum e Oxóssi, seu território por excelência, onde as folhas crescem em seu estado puro, selvagem, sem a interferência do homem; é também o território do medo, do desconhecido, motivo pelo qual nenhum caçador deve penetrar na floresta na mata sem deixar na entrada alguma oferenda, como alho, fumo ou bebida. Medo de que? Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder de Ogum, de Oxóssi, de Ossaim; respeito pelas forças vivas da natureza, que não permitem a pessoas impuras ou mal-intencionadas penetrar em sua morada. Se nela entrarem, talvez jamais encontrem o caminho de volta.
Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra grande(ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Ossaim, que, segundo dizem, também possui uma única perna. Não se pode por isso confundir Ossaim com o Saci-Pererê, que é um personagem do folclore brasileiro. Ossaim é orixá de grande fundamento, que possui uma só perna porque a árvore, base de todas as folha possui um só tronco.
De acordo com a história desse orixá, há uma rivalidade entre Ossaim e Orunmilá, que reflete, na verdade, a antiga disputa entre os Oníìsegùn - mestres em medicina natural que dominavam o poder das folhas - e os Babalawó - sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo e do destino dos seres, os pais do segredo.
Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na Nigéria, muito próxima à fronteira com o antigo Daomé. Não faz parte, como muitos pensam, do panteão jeje assimilado pelos nagô, como Nana, Omolu, Oxumaré e Ewá. Ossaim é um deus originário da etnia ioruba. Contudo, é evidente que entre os jeje havia um deus responsável pelas folhas, e Ágüe é o seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató, a exemplo dos deuses do antigo Daomé.Uma confusão latente se refere ao sexo de Ossaim; é preciso esclarecer que se trata de um orixá do sexo masculino. Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que foi parceiro de Iansã, mas o controvertido relacionamento com Oxóssi, que ninguém pode afirmar se foi ou não amoroso, é o mais comentado.
Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata, da Terra

oxosse


Oxosse ; o rei das matas

Oxosse como os demais orixás é uma divindade, que tem sua vibração de energia própria.
É também considerado e tido, como o rei da Nação Ketu,é o deus dos caçadores.
É basicamente cultuado no Ketu, onde chegou a receber o título de rei do Ketu.
Para os seguidores das religiões Afro, e também para os yorubanos, essa divindade é de grande importância e destaque, pois ele torna as caças fartas,n garantindo assim abundante alimentação.
Oxosse, protege tanto o homem que mata os animais como os próprios animais, já que é um fim nobre a morte de um ser para servir de alimentos pára outros seres . Protege também os antagonismos, o caçador e a caça, pois são seres do mesmo espaço :a floresta.Por essa razão Oxosse nunca aprova a matança pura e simples. Para essa divindade a morte dos animais deve garantir a comida para os humanos e os rituais para os deuses, sendo um sim,bolo de resistência a caça predatória. Por tanto sendo como é o protetor dos animais, não admite que a caça seja predatória.Oxosse é tradicionalmente associado a lua e por conseqüência , é a noite o melhor momento para a caça.De acordo com as lendas Oxosse, tem sua origem em Ikeja, localidade de Ibewji –Ode. Tendo seu templo em Aboney, no edde Lissa de maou. Tendo como axé um arco e uma flecha de ferro fundido, símbolos estes que estão ligados á caça..As lendas contam ainda que a cor principal de oxosse é o azul celeste. Diz ainda que o primeiro Oxosse foi um caçador chamado Ibó.
O grande caçador livrou seu povo de um monstro usando uma única flecha. Orixá da fartura , da caça
Este orixá é o provedor . Sua habilidade para a caça garante a alimentação dos outros orixás. Assim as pessoas que trabalham para garantir o sustento da família podem contar com a proteção dessa divindade cujos atributos são a fartura e a perseverança, é preciso esperar para saber a hora certa de atirar a flecha . Oxossi também é o deus da agricultura e da natureza. Seus pais são Oxalá e Iemanjá . Esta associado a São Jorge e São Sebastião.
OXOSSE OXO=CAÇADOR ; OSSI = NOTURNO

Dia da semana quinta feira
Cor azul turquesa cor do céu no inicio do dia
Saudação okiarõ bom dia em ioruba
Numero 6
Elemento ar
Domininio matas e caça
Vela azul clara (afasta a tristeza e atrai o dinheiro
Instrumento ofa (ARCO E FLECHA)

Oxosse é filho de oxalá e yemonja, irmão de ogun e exu,Na áfrica é o orixá responsavel pela caça .Tradicionalmente, é associado á lua,por ser a noite o seu melhor momento para caçar. Irmão de Exu e Ogun, é um guerreiro solitário; não lidera ou comanda como ogun, mas luta pela sobrevivência da tribo, pois dele depende seu sustento. Seu símbolo é o arco e a flecha, geralmente de ferro e o erukere rabo de cavalo usado só pelos reis,
Como orixá,sua responsabilidade em relação ao mundo é garantir a vida dos animais, que somente são sacrificados por absoluta necessidade de alimentação.
O culto a esse orixá é bastante difundido no Brasil, mas pouco lembrado na nigéria,m o que se deve ao fato de oxosse ter sido cultuado basicamente na cidade de keto (terra dos panos vermnelhos) onde foi consagrado como rei.No século XIX,devido ao tráfigo negreiro , a cidade foi praticamente destruída pelos saques das tropas do rei Daome. Os filhos consagrados a Oxosse foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba.
É o orixá que cultua o próprio individualismo , tendo determinação para qualquer combate.
A cada ano após a colheita,. O rei de Ijexa saudava a abundancia de alimentos com uma festa, oferecendo á população inhame, milho e coco.O rei comemorava com sua família e seus súditos , só as feiticeiras não eram convidadas. Furiosas comn a desconsideração enviaram á festa um passaro gigante que pousou no teto do palácio, encobrindo-o e impedindo que a cerimônia fosse realizada.
O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande passaro.Então o rei aborreceu-se , mas mandou-o embora.
Um segundo caçador se apresntou,este com quarenta flechas, o fato se repetiu-se novamente e o rei mandou prende-lo.
Bem próximo dali vivia Oxósse, um jovem que costumava caçar á noite, antes do sol nascer, ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro.Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a mãe de oxosse, temendo pela vida do filho, consultou um babalao e os obis mostraram que, se fosse teria uma oferenda para as feiticeiras, ele teria sucesso. A oferenda consistia em sacrificar uma galinha.Nesse exato momento, Oxosse deveria atirar sua única flecha. E assim fez, acertando o pássaro bem no peito. O rei , agradecido pelo feito, deu ao caçador metade de sua riqueza e a cidade de Keto. ‘terra dos pássaros vermelhos”, onde Oxosse governou até a sua morte, tornando-se depois um Orixá.
Senhor das matas, das úmidas florestas Oxosse é o maior entre todos os caçadores, provedor de sua gente e Orixá da fartura e da alimentação.Com Ogum aprendeu a arte da caça e com empenho e destreza tornou-se o ícone da perfeição, o cçador de uma única flecha, que jamais erra o seu alvo
Ode significa caçador , é o titulo de Oxosse por excelência, mas o nome com o qual este orixá ficou conhecido no Brasil revela todo o seu poder numa das mais lindas histórias que a África nos legou.
Quando o reino de Ifé prepearava-se para comemorar a festa dos inhames novos, Ododua, o grande rei, vestiu-se com pompa e ao lado de sua corte foi festejar com o povo.Tudo estava bem até que as Iyamins,proprietárias dos pássaros da noite, mandaram uma ave gigantesca ,de péssimo agouro,para atemorizar a cidade, trazendo trágicas conseqüências para a mesma.O passaro assustador pousou no topo do palácio e a partir de então só desespero,tragédias e confusões ocorreram em ifé .Foi quando chamaram , para destruir , o passaro Oxó Togum, o caçador de 20 flechas, que não conseguiu seu intento.Então chamaram Oxó Togi, o caçador de 40 flechas, e Oxó Todotá., o caçador de 50 flechas, mas ambos fracassaram.Finalmente foi chamado Oxó Tocanxoxô , o caçador de uma única flecha.
Oxo Tocanxoxô era filho único e ao consultar um babalao, sua mãe soube que seu filho estava a um passo da morte ou da riqueza, mas, se ela fizesse uma oferenda, a morte se transformaria em riqueza.Ela foi a uma estrada e ofereceu uma galinha com o peito aberto às Iyamins e repetiu três vezes: “que o peito do passaro receba esta oferenda”, e no momento em que o peito do passaro se abriu recebeu a flecha certeira do caçador. O passaro morreu e o povo feliz, começou a gritar : Oxó ussi, Oxo Ussi, que significa o “guardião do povo”, e dessa expressão derivou-se o nome Oxossi.Garantir a alimentação ao seu povo é o grande atributo deste Orixá, que protege os caçadores e os animais, pois ambos são elementos do mesmo espaço, ou seja , a floresta, e preservar a mata, e conseqüentemente a natureza, é a principal missão de Oxossi.
Oxossi é também rei e senhor de Ketu, Orixá reverenciado em todos os terriros de candomblé que pertencem a esta nação. As festas de Oxossi são momentos de muita fartura e atraem inúmeros adeptos . Oxossi é também um Orixá avesso á morte, pois é expressão da própria vida.Para ele não importa o quanto se viva , desde que se viva intensamente.
Oxossi é uma longa estrada, que termina numa grande mata.Representa a continuidade, o desenvolvimento da natureza.Oxossi é a busca incessante do homem,mas este se perde no tempo, enquanto Oxossi continua na construção da civilização.

ogun


Ogum , o deus guerreiro

Ogum precede aos orixás vindo logo depois de Exu Leba de quem é muito amigo e companheiro, em muitas circunstâncias. Repete de todas as formas mais conhecidas da mitologia Universal. É o arquétipo do guerreiro. É o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza da produção e da expansão. Ele é o senhor dos caminhos, Deus do ferro e da guerra, briga pelo prazer da luta. É sempre fiel aos seus princípios, e é muito mais paixão do que razão. Gosta de vir a frente de todas as lutas. A força dele está tanto na coragem de se lançar a luta, como na objetividade que o domina nestes momentos é implacável apaixonadamente destruidor e vingativo. Esse orixá sempre ataca seus inimigos pela frente de peito aberto, como um verdadeiro e clássico guerreiro. Fora da guerra, o mesmo representa o Orixá da alegria, da divisão, da delicia de viver, especialmente em contato com os amigos
Guerreiro imbatível ele é um pai protetor e sábio conselheiro de seus filhos.
Senhor da guerra . Ogum é o desbravador de todos os caminhos . Nos mitos africanos. Foi ele quem criou o ferro e a metalurgia, abrindo novas perspectivas para o avanço da civilização. É valente e impetuoso, permanecendo junto de seus filhos em todas as lutas . Protege os agricultores , os soldados, os artesãos e todos que lidam com ferro ou aço. Filho de Oxalá e Yemonja está associado a Santo Antonio e a são Jorge.
OGUN - GUN = GUERRA

Dia da semana terça feira
Cor azul escuro ( cor do metal quando aquecido na forja)
Saudação Ogunhe ( ola ogun)
Numero 4
Elemento metais ferro
Domínio todas a s ligações que se estabelecem em diferentes lugares a estrada de ferro
Vela azul escura (atrai tudo o que é limpo verdadeiro , prospero)
Instrumento espada de ferro

Divindade masculina iorubana, filho mais velho de odudua, o fundador da cidade de ifé, considerada a capital religiosa dos iorubanos. Ogum é o orixá da guerra , deus do ferro, divindade que usa a espada e forja o ferro,transformando-o em instrumento de luta.É o patrono da forla produtiva que trabalha a natureza ; é portanto, o protetor dos militares e combatentes em geral.
Irmão mais velho de exu, ele teria muita coisa em comum com este,além de um caráter instável e arrebatador. Ogum também tem ascendência sobre os caminhos.
Os lugares consagrados a ogum ficam ao ar livre,na entrada das casas e terreiros. Geralmente são pedras em forma de bigorna janto as arvores. Ogum é representado também por franjas de palmeira ou dendezeiro desfiadas chamadas de mariwo que pendurados nas portas ou janelas representam
Proteção cortando as más influencias e protegendo contra pessoas indesejáveis.
O culto a Ogum é bastante difundido tanto no Brasil como na Nigéria.Sem sua permissão e proteção , nenhuma atividade útil tanto no espaço urbano como no campo,poderia ser aproveitada. Deve ser invocado logo após exu ser despachado, abrindo caminhos para os outros orixás. Como na áfrica, ele é representado por sete instrumentos de ferro pendurados em uma haste de metal.
Ogum era o filho ´predileto de orumila essa preferência devia-se a sua abnegação ,pois quando estava construindo o mundo, esparramando a terra com sua espada de cristalpara formar os continentes, a mesma partiu-se ; mas ele não desanimou e voltou para continuar o trabalho com sua espada de ferro .
A primeira cidade que Ogum construiu foi Ire, deixando seu filho na chefia do governo, em seguida partiu para fundar outras cidades. Muito tempo depois ele retornou mas teve a impressão de que ninguém o reconheceu e ficou colérico..naquele dia , por fatal coincidência , acontecia uma cerimônia onde não era permitido falar, o que teria causado a Ogum a impressão de que o estavam desprezando.Uma outra lenda afirma que ele não teria reconhecido a cidade em que fundara,tratando a população como inimiga.
Enfurecido, Ogum foi dizimando a todos.Mais tarde quando seu filho pode falar com ele então percebeu o erro,mas já era tarde demais. O guerreiro ficou tão arrempendido que preferiu morrer.
Assim ele baixou sua espada em direção ao chão e , da mesma maneira que a utilizara para destruir seus inimigos com um gesto violento abriu um grande buraco no chão e afundou terra adentro. Esta emoção somada a força do guerreiro, transformou Ogum num orixá.
Entre os orixás da floresta . ogum é o pioneiro: o primeiro e maio entre todos os caçadores, o orixá que abriu as picadas na mata e conduziu a humanidade á civilização e ao progresso.Contudo , ao descobrir os prazeres da guerra e da conquista, ogum percebeu sua grande vocação e utilizou sua arte , a de ferreiro, ´para produzir as armas que garantiriam a vida e o sustento dos seres humanos..Com suas habilidades de ferreiro,ogum não criou apenas espadas e lanças, fez também arados,enxadas, pás e outros instrumentos indispensáveis para o plantio.Portanto, a grande guerra de ogum é pela sobreviv~encia e suas armas não visam á destruição, pelo contrario, são utensílios que constroem, seja as leiras dos campos cultiváveis, auxiliando nas plantações, seja o progresso, representado pelas estradas e pela tecnologia.
Ogum é o orixá do avanço , da vanguarda. O guerreiro obstinado que jamais desiste de uma batalha sem antes atingir seus objetivos. Ogum é o orixá que insiste onde todos já desistiram, por isso seu nome tornou-se sinônimo de guerra e vitória.Na áfrica , ogum reinou na cidade de ire, e expandiu seu território por diversas cidades vizinhas.Ogum chegou a ser regente de Ifé quando Ododua, seu pai, esteve impossibilitado.Não existe na África negra cidade que não se curve diante de ogum, seja por seu poderio militar, seja por sua benevolência e senso de justiça – que nunca permitiu que seu povo sucumbisse á fome. Ogum é o orixá mais cultuado e mais amado em toda a África.Nas terras de Ire, ogum era o senhor absoluto.Em sua honra, em determinadas ocasiões, os moradores faziam voto de silencio, não diziam nenhuma palavra e jejuavam o dia todo. E foi em um desses dias que Ogum chegou em sua aldeia. Ninguém atendeu os seus pedidos nem respondeu as suas perguntas. Ele se irritou e passou a quebrar tudo que achou pela frente, e logo reverteu sua ira osbre as pessoas. Muitas cabeças rolaram até que seu filho trouxe suas oferendas preferidas e explicou que em sua honra nenhum habitante da cidade deveria falar naquele dia.Então, ogum lamentou sua violência desenfreada e declarou que já havia vivido o bastante . Baixou a ponta de sua espada ao chão e desapareceu no interior da terra entre ruídos ensurdecedores, e disse algumas palavras que , repetidas no decorrer de um a batalha, o trazem de volta em
Socorro de quem o evocou, mas se não encontrar o inimigo é contra o imprudente que se voltaráUm de seus oriquis pode ser proferido para atarir a sua força e dar coragem para enfrentar qualquer batalha, principalmente as batalhas do dia a dia.Em todos os cantos da áfrica negra, ogum é conhecido, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com sua bravura .Matou muita gente mas matou também a fome de muitas pessoas por isso, antes de ser temido , ogum é amado

exu


EXU

Filho primogênito de Oxalá e Yemonja , o irreverente Exu é o mensageiro dos deuses . Simboliza a energia dinâmica , associada á sexualidade e a multiplicação. Conta-se que certa vez, Exu devorou tudo o que havia no mundo, mas depois devolveu multiplicado. Por isso. Ele é o primeiro orixá a receber oferendas ele leva tudo ao reino dos orixás e depois devolve multiplicado para a humanidade, em forma de axé que é a energia vital.
Presente na mitologia Grega com priapo. Ele não é o pecado e sim a liberdade.
EXU = ESFERA
Dia da semana segunda feira
Cores vermelho (ativo) e preto ( absorção de conhecimento)
Saudação laroie salve exu
Numero 1
Elemento fogo
Domínio encruzilhada
Velas preta (conhecimento) e vermelha (coragem)
Instumento tridente


Exu, com sua natureza andrógina é o primeiro a ser citado, servindo como intermediário entre todos os orixás e os seres humanos.E o principio dinâmico que possibilita a existência . responsável pelo destino de cada um.De acordo com o mito,cada pessoa antes de nascer escolhe seu destino,determinando as características individuais de sua personalidade.
Exu é o regulador do cosmos, o deus da ordem. È o recadeiro das divindades so para fins úteis , passando a ser brincalhão quando a pergunta é fútil.Tem forte ligação com o fogo, mostrando seu lado ativo,de crescimento. Exu não é o escravo do orixá nem pode ser sincretizado com o diabo, como muitos brasileiros, baseados na tradição católica, acreditam ser.
Seu símbolo não é o tridente associado ao diabo, mas sete ferros voltados para cima representando os sete caminhos do homem, os sete chacras ( pontos de captação, distribuição e armazenamento de energia) as sete cores, as sete auras. È o mais humano dos orixás , sendo uma divindade de fácil relacionamento.
Não é dele a responsabilidade de decidir o que é certo ou errado: apenas realiza a tarefa para a qual foi invocado Teria o mesmo papel que o deus mercúrio na mitologia grega, o mensageiro dos deuses olímpicos encarregado de todos os seus negócios , até mesmo os desonestos.sua função de contato entre o babalao e os demais orixás faz com que supere o real e atinja o supra-real, o mágico.São os orixás que respondem no jogo de búzios, mas é exu que traduz as respostas .
No jogo de búzios, os olhadores representam os filhos de Exu, independentemente de seus orixas de cabeça, pois são os recadeiros entre os orixás e os seres humanos. Altamente comunicativos, tem grande capacidade de ouvir os outros e compreender seus problemas.
Orumila tinha tres filhos. Ogum, Xangô e Exu. Este último
Era muito briguento, vivia lutando.Ele era diferente porque não era filho de Iemanjá, deusa do mar, mas de Oxum, deusa do oráculo e da adivinhação.
Um dia Exu disse á mãe que estava com fome e queria comer o animal domestico, ela consentiu, mas a fome não passou.Exu comia tudo o que via pela frente; árvores, pastos, animais; chegou até mesmo a comer o mar.Quando estava para comer o céu,Orumila mandou que matasse o irmão, assim foi feito e a paz voltou a reinar temporariamente.
Depois disso,o pouco que sobrou dos rebanhos foi dizimado pelas pestes, as colheitas não produziam frutos e os homens caíam doentes.Um sacerdote de Ifá consultou o opele ifá e este respondeu que Exu estava com ciúmes e queria mais atenção, mesmo em forma de espírito.Desse dia em diante, nemhuma oferenda foi possível sem que Exu fosse servido em primeiro lugar.
Exu é o mais astuto dos orixás. Ele adora provocar mal – entendidos e discussões: aprecia muitíssimo as oferendas que são consagradas a ele, caso nada lhe seja oferecido, seu espírito brincalhão não demorará a criar encrencas.
Certa vez diz a lenda, dois camponeses amigos esqueceram de fazer suas oferendas na segund-feira.Eles eram vizinhos, sendo suas terras separadas por uma grande porteira.Exu colocou sobre a cabeça um chapéu pontudo de duas cores, de um lado vermelho e do outro branco,e foi passear nas fazendas, andando por cima da cerca.Cumprimentou o trabalhador da esquerda e depois o da direita.
Assim que Exu foi embora,os dois comentaram sobre o chapéu , que era grande e pontudo chamando a atenção ; houve muita confusão porque um achava que era branco e o outro firmava que era vermelho.Os dois tinham razão em defender seu ponto de vista e , irritados, atracaram-se até a morte. Exu apareceu, dando uma enorme gargalhada. Ele havia se vingado dos doisApesar de lenda mostrar este lado perverso de Exu, ele pode ser o mais benevolente dos orixás se tratado com respeito e consideração pelos humanos

onilé


Onilé é uma divindade feminina relacionada aos aspectos essenciais da natureza, e originalmente exercia seu patronato sobre tudo que se relaciona à apropriação da natureza pelo homem, o que inclui a agricultura, a caça e a pesca e a própria fertilidade. Com as transformações da sociedade iorubá numa sociedade patriarcal ou patrilinear, que implicou a constituição de linhagens e clãs familiares fundados e chefiados por antepassados masculinos, as mulheres perderam o antigo poder que tiveram numa primeira etapa (um mito relata que, numa disputa entre Oiá e Ogum, os homens teriam arrebatado o poder que era antes de domínio das mulheres).
Os antepassados divinizados tomaram o lugar das divindades primordiais e houve uma redivisão de trabalho entre os orixás. As divindades femininas antigas tiveram então seu culto reorganizado em torno de entidades femininas genéricas, as Iá-Mi-Oxorongá, consideradas bruxas maléficas pelo fato de representarem sempre um perigo para o poderio masculino, e vários orixás tiveram dividido entre si as atribuições de zelar pela Terra, agora dividida em diferentes governos: o subsolo ficou para Omulu-Obaluaê e para Ogum, o solo para orixá-Ocô e Ogum, a vegetação e a caça para os Odés e Ossaim e assim por diante. A fertilidade das mulheres foi o atributo que restou às divindades femininas, já que é a mulher que pári, que reproduz e dá continuidade à vida. Constituiriam-se elas então em orixás dos rios, representando a própria água, que fertiliza a terra e permite a vida: são as aiabás Iemanjá, Oxum, Obá, Oiá, Euá e outras e também Nanã, que como antiga divindade da terra, representa a lama do fundo do rio, simbolizando a fertilização da terra pela água.
Onilé teve seu culto preservado na África, mas perdendo muitas das antigas atribuições. Hoje ela representa nossa ligação elemental com o planeta em que vivemos, nossa origem primal. É a base de sustenção da vida, é o nosso mundo material. Embora sua importância seja crucial do ponto de vista da concepção religiosa de universo, os devotos a ela pouco recorrem, pois seu culto não trata de aspectos particulares do mundo e da vida cotidiana, preferindo cada um dirigir-se aos orixás que cuidam desses aspectos específicos. No Brasil, como aconteceu com outros orixás, seu culto quase desapareceu. Certamente um fator que contribuiu para o esquecimento de Onilé no Brasil é o fato de que este orixá não se manifesta através do transe ritual, não incorpora, não dança. Outros orixás importantes na África e que também não se manifestam no corpo de iniciados foram igualmente menos considerado neste País que, por influência do kardecismo, atribui um valor muito especial ao transe. Foi o que aconteceu com Orunmilá, Odudua, Orixá-Ocô, Ajalá, além da Iá-Mi-Oxorongá. É interessante lembrar que o culto de Ossaim sofreu no Brasil grande mudança, passando o orixá das folhas a se manifestar no transe, o que o livrou certamente do esquecimento. O culto da árvore Iroco também se preservou entre nós, ainda que raramente, quando ganhou filhos e se manifestou em transe, sorte que não teve Apaocá.
Na Nigéria mantém-se viva a idéia de que Onilé é a base de toda a vida, tanto que, quando se faz um juramento, jura-se por Onilé. Nessas ocasiões, é ainda costume pôr na boca alguns grãos de terra, às vezes dissolvida na água que se bebe para celar a jura, para lembrar que tudo começa com Onilé, a Terra-Mãe, tanto na vida como na morte.
Um mito que já tive o prazer de contar em outras ocasiões ensina qual é a atribuição principal de Onilé, como ela está associada ao chão que pisamos e sobre o qual vivemos nós e todos os seres vivos que formam o nosso habitat, nosso mundo material

Nenhum comentário:

Postar um comentário